quando voltar a trabalhar, em setembro, é na casa da vovó cecilia que quero deixar a clara. meu projeto é contratar uma babá para ficar com a bebê sob a vigilância da minha mãe. deixar e buscá-la todos os dias vai ser puxaaado, considerando a distância entre as duas casas e o local onde trabalho, mas assim será mais seguro e tranquilizante para a mamãe aqui. aí, se tudo der certo, no início do próximo ano ela começa a ir para a creche, provavelmente em meio período.
até chegar setembro, porém, teremos muitos dias na minha mãe. lá clara e eu não ficamos 'sozinhas', além de ser mais próximo e prático para resolver o que é preciso, ir ao shopping etc... na segunda, 30 de abril, resolvemos começar a treinar essa rotina. nos primeiros 12 dias da clara em casa, mamãe estava indo alguns dias para lá e a minha sogra - a vó neuza - ficou com a gente por mais de uma semana. juntas com minha irmã, michelle, elas me deram um hiper apoio. além de cuidarem de mim, da minha alimentação, tomaram conta da casa, das coisinhas da clara, e me ajudaram com a bebê. graças a elas, tudo se tornou mais fácil! e eu serei eternamente grata.
minha sogra precisou voltar para aracati e minha mãe também tem os compromissos dela. já a minha irmã, a dinda da clara, decidiu tirar uma licença e deve ficar até julho paparicando a clara bem de pertinho. de qualquer forma, neto e eu temos que começar a nos virar. se adaptar à nova rotina é o primeiro passo. o primeiro dia no apartamento da minha mãe deu uma ideia de como será o ritmo quando minha licença-maternidade acabar. organiza bagagem, arruma a bebê, coloca mais de mil coisas no carro, desarma carrinho/arma carrinho... e por aí vai.
a ideia é ir montando uma miniestrutura no ap da vó cecilia aos poucos, para ir facilitando essas idas e vindas. de início, a preocupação é com a adaptação da clara. de cara, ela estranhou um pouquinho, por culpa nossa também. ao invés de levar o berço-móvel, optamos pelo carrinho. clara, que gosta de dormir toda esticada, não conseguia tirar sonecas longas no aperto do carrinho. resultado: foi ficando enjoadinha ao longo do dia e, ao chegar em casa, deu pela primeira vez trabalhinho para dormir.
também improvisamos o banho. mas quando o assunto é água ela curte de todo jeito. tomou banho de bacia na casa da vó e adorou do mesmo jeito!
o retorno para a casa previa mais uma novidade, mais para os pais da clara do que para a clara: desde o nascimento da bebê, neto e eu ainda não tínhamos passado uma noite sozinhos com ela em casa. a dinda e a vó neuza vinham se revezando nas noites com a bebê. não que eu conseguisse me desligar totalmente e dormir profundo...mas com elas ali, eu ficava mais tranquila, sem contar que elas ajudavam a pegar a bebê, trocá-la e no que mais fosse preciso.
minha irmã super se preocupa e queria continuar dormindo com a clarinha. mas seria cansativo demais para ela continuar nesse ritmo, sem dormir direito à noite e ainda passando o dia ajudando. então quis assumir esse turno por completo. por conta da cirurgia e também pela segurança, optamos por armar o berço móvel no meu quarto com neto (a meta é que ela volte pro quartinho dela no terceiro, quarto mês). assim eu poderia olhá-la sem sair da cama e não ficaria andando de um quarto para outro.
só fiquei tensa porque coincidiu de justo nesse dia a clara estar tão enjoadinha. mesmo assim, ela apenas demorou para dormir. depois só acordou para mamar, como sempre faz, em dois horários: entre 12h e 1h e às 3h. mais um teste para neto e eu. mais uma aprovação =)
segunda-feira, 30 de abril de 2012
domingo, 29 de abril de 2012
o umbigo caiu
quando clara tomou o último banho no hospital, a enfermeira comentou que o umbigo dela já estava bem sequinho e que não daria dificuldade para cair. limpar o umbigo da bebê sempre esteve na minha lista de medos ao pensar em cuidar de uma recém-nascida. mas a natureza é tão perfeita que parece mágica. a gende perde os medos, as frescuras, nem nojo do cocô sente =)
como algumas coisas tive que evitar fazer no início por conta da cirurgia, as mais 'simples' agarrei como tarefa minha. limpar o umbiguinho foi uma delas. fazíamos isso duas vezes ao dia, após os banhos, com álcool 70%. mas apesar de sequinho, o umbigo da clara demorou 12 dias para cair. nesse período, em momento algum ficou irritado ou vermelho.
caiu na madrugada do domingo, 29 de abril, quando eu a amamentava.
como algumas coisas tive que evitar fazer no início por conta da cirurgia, as mais 'simples' agarrei como tarefa minha. limpar o umbiguinho foi uma delas. fazíamos isso duas vezes ao dia, após os banhos, com álcool 70%. mas apesar de sequinho, o umbigo da clara demorou 12 dias para cair. nesse período, em momento algum ficou irritado ou vermelho.
caiu na madrugada do domingo, 29 de abril, quando eu a amamentava.
sexta-feira, 27 de abril de 2012
2cm em 10 dias e teste do pezinho
não sei exatamente o que estava me deixando mais ansiosa:
levar clarinha ao médico ou colocar o pé fora de casa depois de dez dias 'trancada'.
a conversa com o médico ia esclarecer minha principal dúvida desde que clarinha nasceu.
será que ela estava se alimentando direitinho? será que estou sabendo amamentar?
o desenvolvimento dela foi a melhor resposta que eu poderia ter para essas perguntas.
em dez dias, clara cresceu 2cm, já está com 56cm, e manteve o peso do nascimento.
para ser mais precisa, engordou 5 graminhas, atingindo 3.955kg.
o que é ótimo, considerando que o recém-nascido costuma perder peso nos sete primeiros dias.
fora isso, tínhamos pouco o que perguntar nessa primeira consulta. clarinha estava ótima!
o médico passou apenas os testes - do pezinho e da orelhinha - e as primeiras vacinas (bcg e hepatite B).
do consultório médico, fomos direto fazer o teste do pezinho.
clarinha estava dormindo e chorou, claro!
o pai segurou e a mãe aqui ficou fotografando. não por muito tempo, porque clarinha se torcia tanto a cada apertada que o técnico dava no pezinho dela, que fiquei com muita peninha.
mas ela foi uma mocinha. chorou durante o teste, mas logo logo se acalmou.
levar clarinha ao médico ou colocar o pé fora de casa depois de dez dias 'trancada'.
a conversa com o médico ia esclarecer minha principal dúvida desde que clarinha nasceu.
será que ela estava se alimentando direitinho? será que estou sabendo amamentar?
o desenvolvimento dela foi a melhor resposta que eu poderia ter para essas perguntas.
em dez dias, clara cresceu 2cm, já está com 56cm, e manteve o peso do nascimento.
para ser mais precisa, engordou 5 graminhas, atingindo 3.955kg.
o que é ótimo, considerando que o recém-nascido costuma perder peso nos sete primeiros dias.
fora isso, tínhamos pouco o que perguntar nessa primeira consulta. clarinha estava ótima!
o médico passou apenas os testes - do pezinho e da orelhinha - e as primeiras vacinas (bcg e hepatite B).
do consultório médico, fomos direto fazer o teste do pezinho.
clarinha estava dormindo e chorou, claro!
o pai segurou e a mãe aqui ficou fotografando. não por muito tempo, porque clarinha se torcia tanto a cada apertada que o técnico dava no pezinho dela, que fiquei com muita peninha.
mas ela foi uma mocinha. chorou durante o teste, mas logo logo se acalmou.
segunda-feira, 23 de abril de 2012
unhas cortadas
dizem que as unhas do recém-nascido se quebram sozinhas. não precisa nem cortar. há quem diga que basta soprar.no caso da clara, o que sei é que crescem rápido e que ela adorar rasgar o rostinho.
então, não dava para esperar cair. peguei a tesoura e eu mesma cortei. até pensei que essa missão seria mais difícil.é claro que esperei ela dormir e tive todo o cuidado do mundo. a dica é não cortar curta demais.
então, não dava para esperar cair. peguei a tesoura e eu mesma cortei. até pensei que essa missão seria mais difícil.é claro que esperei ela dormir e tive todo o cuidado do mundo. a dica é não cortar curta demais.
domingo, 22 de abril de 2012
o sol apareceu, finalmente!
clara trouxe a chuva aqui para casa.
desde que chegou, na quarta (18), choveu todos os dias.
a ponto de nos preocupar, porque ainda não tínhamos conseguido dar banho de sol, e ela já estava ficando amarelhinha (um dos sintomas da icterícia).
domingo (22)... conseguimos dar o banho de sol, solzão meeesmo. pela manhã, ainda da varanda de casa, nos braços do papai. no finzinho da tarde, deu até para dar uma descidinha.
desde que chegou, na quarta (18), choveu todos os dias.
a ponto de nos preocupar, porque ainda não tínhamos conseguido dar banho de sol, e ela já estava ficando amarelhinha (um dos sintomas da icterícia).
domingo (22)... conseguimos dar o banho de sol, solzão meeesmo. pela manhã, ainda da varanda de casa, nos braços do papai. no finzinho da tarde, deu até para dar uma descidinha.
quinta-feira, 19 de abril de 2012
o primeiro banho em casa
e quem deu o primeiro banho na clara foi...a dinda michelle!
clara simplesmente adora tomar banho =)
clara simplesmente adora tomar banho =)
quarta-feira, 18 de abril de 2012
sua casa te espera, filha!
saimos do hospital nesta quarta, 18, por volta das 10 horas. neto, michelle e eu.
antes de ir para casa, uma passadinha rápida no apartamento da vó cecilia para conhecer o vô eduardo.
antes de ir para casa, uma passadinha rápida no apartamento da vó cecilia para conhecer o vô eduardo.
terça-feira, 17 de abril de 2012
clara frança da costa, uma cidadã brasileira
mal nasci e meu papai já correu para me registrar.
sou uma cidadã brasileira. tenho nome e sobrenome. tenho certidão de nascimento!
sou uma cidadã brasileira. tenho nome e sobrenome. tenho certidão de nascimento!
banhada e de orelha furada
clarinha nasceu com todo o pique, nem parecia uma recém-nascida. assim que saiu da minha barriga, precisou passar umas duas horinhas no respirador. não pude ver, mas os corujas de plantão não só acompanharam como registraram a danação dela no equipamento.
de tanto se mexer, empurrou o respirador algumas vezes. além disso, ficava esticando e levantando as pernas, 'presas' na manta pelas enfermeiras. não tinha quem acreditasse que a clara tinha acabado de nascer.
assim que saiu do respirador, tomou o primeiro banho e furou a orelhinha. quando chegou no quarto para ficar junto da mamãe, tava toda cheirosa, linda e estilosa de brinco. quam disse que eu queria mais largar dela?
ainda durante a gravidez, discutimos quando iríamos furar a orelhinha dela. li alguns artigos sobre, mas não tinha uma regra específica. ninguém proíbe furar assim que nasce, mas têm os que recomendam esperar pelo menos uns dois meses para prevenir infecções.
booom, vejo a maioria das meninas sair da maternidade já de brinquinho na orelha. penso ser mais fácil para todos - bebê e papais. a decisão, então, era furar ainda no hospital se tivesse quem o fizesse.
esse não é um serviço oficial oferecido pelo gênesis, mas as enfermeiras do berçário dão uma mãozinha para os pais que pedem. pelo menos foi assim com a gente. a enfermeira que deu o primeiro banho na clara cobrou R$ 20,00 para furar a orelha dela. não deu nem tempo de ver clarinha sofrer muito, ainda bem!
de tanto se mexer, empurrou o respirador algumas vezes. além disso, ficava esticando e levantando as pernas, 'presas' na manta pelas enfermeiras. não tinha quem acreditasse que a clara tinha acabado de nascer.
assim que saiu do respirador, tomou o primeiro banho e furou a orelhinha. quando chegou no quarto para ficar junto da mamãe, tava toda cheirosa, linda e estilosa de brinco. quam disse que eu queria mais largar dela?
ainda durante a gravidez, discutimos quando iríamos furar a orelhinha dela. li alguns artigos sobre, mas não tinha uma regra específica. ninguém proíbe furar assim que nasce, mas têm os que recomendam esperar pelo menos uns dois meses para prevenir infecções.
booom, vejo a maioria das meninas sair da maternidade já de brinquinho na orelha. penso ser mais fácil para todos - bebê e papais. a decisão, então, era furar ainda no hospital se tivesse quem o fizesse.
esse não é um serviço oficial oferecido pelo gênesis, mas as enfermeiras do berçário dão uma mãozinha para os pais que pedem. pelo menos foi assim com a gente. a enfermeira que deu o primeiro banho na clara cobrou R$ 20,00 para furar a orelha dela. não deu nem tempo de ver clarinha sofrer muito, ainda bem!
recuperação (quase) perfeita
um dos motivos de resistir à cesárea era a recuperação. logo depois do parto, no hospital, o difícil é manter a boca fechada e ficar deitada em posição reta, conforme mandam. muita gente querida* foi me visitar. as pessoas iam chegando, falando da clara, e eu ali sem poder conversar. mas me esforcei ao máximo para estar bem o mais rápido possível.
minha recuperação teria sido 100% perfeita não fosse um acontecimento: demorei demais para me levantar - por medo - e, consequentemente, para fazer xixi. devido à anestesia e, imagino eu, à movimentação dos meus órgãos, não entendia bem os sinais e demorei para perceber que estava com vontade de ir ao banheiro.
por volta das 15 horas, comentei isso pela primeira vez com michelle. íamos nos organizar para que eu me levantasse, mas foi justamente quando começaram a chegar as visitas da tarde. nessa brincadeirinha, duas horas se passaram, e a dor veio. fui no céu e voltei. me torcia toda e tremia, do pé à cabeça. a dor diminui um pouco quando ligaram para o meu médico pedindo uma medicação. mas eu continuava a sentir um incômodo. só quando finalmente fiz xixi a dor sumiu por completo. ALÍVIO. foi muito ALÍVIO.
nesse ponto, também, talvez tenha faltado um pouco de orientação. só à noite, depois de todo esse desespero, a enfermeira veio com o comentário: 'você deveria ter se levantado desde quando começou a se alimentar'. isso tinha sido às 14h. ficou a lição: além de não falar - sim, vale a pena manter a boca fechada. é começar a falar para você ter gases -, se levante assim que for liberada. tudo com muita calma, claro, sem fazer muito esforço.
* clarinha e eu agradecemos as visitas das tias e tios ... érika, edu, virna, silvia, ricardo, ívila, juliana, carol, claudiano, cássia, nira, manu, jorge, juliana e jérsika.
minha recuperação teria sido 100% perfeita não fosse um acontecimento: demorei demais para me levantar - por medo - e, consequentemente, para fazer xixi. devido à anestesia e, imagino eu, à movimentação dos meus órgãos, não entendia bem os sinais e demorei para perceber que estava com vontade de ir ao banheiro.
por volta das 15 horas, comentei isso pela primeira vez com michelle. íamos nos organizar para que eu me levantasse, mas foi justamente quando começaram a chegar as visitas da tarde. nessa brincadeirinha, duas horas se passaram, e a dor veio. fui no céu e voltei. me torcia toda e tremia, do pé à cabeça. a dor diminui um pouco quando ligaram para o meu médico pedindo uma medicação. mas eu continuava a sentir um incômodo. só quando finalmente fiz xixi a dor sumiu por completo. ALÍVIO. foi muito ALÍVIO.
nesse ponto, também, talvez tenha faltado um pouco de orientação. só à noite, depois de todo esse desespero, a enfermeira veio com o comentário: 'você deveria ter se levantado desde quando começou a se alimentar'. isso tinha sido às 14h. ficou a lição: além de não falar - sim, vale a pena manter a boca fechada. é começar a falar para você ter gases -, se levante assim que for liberada. tudo com muita calma, claro, sem fazer muito esforço.
* clarinha e eu agradecemos as visitas das tias e tios ... érika, edu, virna, silvia, ricardo, ívila, juliana, carol, claudiano, cássia, nira, manu, jorge, juliana e jérsika.
clara nasceu às 5h20: 54cm e 3.950kg
dei entrada no Gênesis à 0h do dia 17. foi o hospital indicado pelo meu
médico e o mais sugerido pelas amigas e conhecidas. nem cheguei a ir lá
antes. confiei. meu receio era só pelo fato do meu plano ser enfermaria.
o que significava dividir o quarto com mais duas pacientes. realmente,
foi o único pontinho negativo, mas fácil fácil de ser relevado, diante
de tanta coisa boa que ali aconteceu.
neto e roberto (padrinho da clara e meu cunhado) foram nos deixar. michelle iria ficar me acompanhando. tínhamos até as 4h40 para dormir, segundo a enfermeira. mas deu, no máximo, para descansar. quando cheguei, o quarto estava vazio. o que ajudou muito. ficamos bem à vontade. fui chamada para a sala de parto antes do previsto. nessa hora, neto e mamãe já tinham chegado para acompanhar tudo.
é claro que bate um nervoso, um medo, uma ansiedade ainda maior. mas posso dizer que estava calma. como tinha esquecido de pedir autorização ao dr. egito para neto acompanhar o parto, minha preocupação naquele momento era essa: que ele entrasse. precisava dele ao meu lado. o anestesista da equipe, que me recebeu, ajudou nisso e em me manter calma durante todo o parto. não gravei o nome dele, mas ele foi um amor de pessoa.
a única coisa que senti foi um leve e rápido enjoo após o anestesista aplicar as medicações. achei que fosse vomitar e a possibilidade de vomitar em um ambiente estranho sempre me deixa tensa. mas logo logo passou. quando os médicos iniciaram o parto, apesar de dormente, 'senti' mexidos e empurrões na minha barriga. mas nenhuma dorzinha.
durante todo o parto, neto ficou ao meu lado. exatamente como desejei: me dando apoio, segurando minha mão. achei ele nervoso, mas claro que ele jura que não estava. quando clarinha ia ser retirada, o anestesista nos avisou e deu o ok para ele começar a fotografar. fiquei ali, sozinha atrás do pano, esperando notícias dela. eram 5h20 quando clarinha 'surgiu', chorando. um choro tão lindo que mais parecia um "oi, cheguei".
enquanto ela chorava, os médicos iam me falando sobre o quanto ela era grande, gordinha, e como ela estava bem. eu também chorei. chorei de emoção, de alívio, de alegria, de um misto de sentimentos difíceis de descrever. respirei fundo e agradeci a deus por ter dado tudo certo, por ela ser perfeitinha. quando o pediatra a trouxe para perto de mim, clara continuava a chorar. minha filha nasceu exatamente como eu pensava... branquinha do cabelo pretinho. só não imaginei que estava tão comprida e gordinha: com 54cm, pesando 3.950kg.
do meu braço, o médico a levou para pesar e dar os outros cuidados. neto ficou dividido, sem saber a quem acompanhar, mãe ou filha. e eu reforcei o que já tinha pedido a ele: não sai de perto da nossa filha nem por um minuto. e assim ele fez. nos reencontramos no quarto. neto ficava entre quarto e berçário me dando notícias, junto com michelle. a dinda da clara deu entrada no hospital junto comigo e também não desgrudou mais dela.
clara nasceu em menos de 20 minutos. a cirurgia toda deve ter durado no máximo uns 40. retornei ao quarto - o leito 202 A - por volta das 6h. mamãe estava me aguardando. engraçado que citei a palavra 'sozinha' aqui, mas a verdade é que não estive sozinha, nem me senti assim, em momento algum. clarinha foi gerada, se desenvolveu e nasceu rodeada de tanto, tanto amor. não tinha como não ser tudo lindo, com tanta paz e alegria.
filha, obrigada por me fazer mãe. que seus dias aqui fora continuem sendo sempre assim, iluminados. te amo!
neto e roberto (padrinho da clara e meu cunhado) foram nos deixar. michelle iria ficar me acompanhando. tínhamos até as 4h40 para dormir, segundo a enfermeira. mas deu, no máximo, para descansar. quando cheguei, o quarto estava vazio. o que ajudou muito. ficamos bem à vontade. fui chamada para a sala de parto antes do previsto. nessa hora, neto e mamãe já tinham chegado para acompanhar tudo.
é claro que bate um nervoso, um medo, uma ansiedade ainda maior. mas posso dizer que estava calma. como tinha esquecido de pedir autorização ao dr. egito para neto acompanhar o parto, minha preocupação naquele momento era essa: que ele entrasse. precisava dele ao meu lado. o anestesista da equipe, que me recebeu, ajudou nisso e em me manter calma durante todo o parto. não gravei o nome dele, mas ele foi um amor de pessoa.
a única coisa que senti foi um leve e rápido enjoo após o anestesista aplicar as medicações. achei que fosse vomitar e a possibilidade de vomitar em um ambiente estranho sempre me deixa tensa. mas logo logo passou. quando os médicos iniciaram o parto, apesar de dormente, 'senti' mexidos e empurrões na minha barriga. mas nenhuma dorzinha.
durante todo o parto, neto ficou ao meu lado. exatamente como desejei: me dando apoio, segurando minha mão. achei ele nervoso, mas claro que ele jura que não estava. quando clarinha ia ser retirada, o anestesista nos avisou e deu o ok para ele começar a fotografar. fiquei ali, sozinha atrás do pano, esperando notícias dela. eram 5h20 quando clarinha 'surgiu', chorando. um choro tão lindo que mais parecia um "oi, cheguei".
enquanto ela chorava, os médicos iam me falando sobre o quanto ela era grande, gordinha, e como ela estava bem. eu também chorei. chorei de emoção, de alívio, de alegria, de um misto de sentimentos difíceis de descrever. respirei fundo e agradeci a deus por ter dado tudo certo, por ela ser perfeitinha. quando o pediatra a trouxe para perto de mim, clara continuava a chorar. minha filha nasceu exatamente como eu pensava... branquinha do cabelo pretinho. só não imaginei que estava tão comprida e gordinha: com 54cm, pesando 3.950kg.
do meu braço, o médico a levou para pesar e dar os outros cuidados. neto ficou dividido, sem saber a quem acompanhar, mãe ou filha. e eu reforcei o que já tinha pedido a ele: não sai de perto da nossa filha nem por um minuto. e assim ele fez. nos reencontramos no quarto. neto ficava entre quarto e berçário me dando notícias, junto com michelle. a dinda da clara deu entrada no hospital junto comigo e também não desgrudou mais dela.
clara nasceu em menos de 20 minutos. a cirurgia toda deve ter durado no máximo uns 40. retornei ao quarto - o leito 202 A - por volta das 6h. mamãe estava me aguardando. engraçado que citei a palavra 'sozinha' aqui, mas a verdade é que não estive sozinha, nem me senti assim, em momento algum. clarinha foi gerada, se desenvolveu e nasceu rodeada de tanto, tanto amor. não tinha como não ser tudo lindo, com tanta paz e alegria.
filha, obrigada por me fazer mãe. que seus dias aqui fora continuem sendo sempre assim, iluminados. te amo!
segunda-feira, 16 de abril de 2012
clarinha vai nascer em menos de 24h!
foram menos de 20 minutos de conversa e, quando dei por mim, estava saindo do consultório do médico para 'autorizar' o nascimento da minha filha. ela iria nascer em menos de 24 horas. estava decidido! dia 17 de abril, às 5 horas.
em 14 dias, a minha barriga não tinha descido, como explicou o médico, nenhum centímetro, e a bebê continuava posicionada toda do lado direito, apesar de desde o sétimo mês as ultras indicarem condições favoráveis para o parto normal.
o médico aconselhou não esperar mais. neto e eu concordamos. a prioridade era clara nascer bem, com saúde.
é claro que passou pela minha cabeça que todo aquele papo do médico poderia ser 'desculpa' para me convercer a aceitar a cesárea. mas eu, mais do que ninguém, sentia tudo que ele estava dizendo. a essa altura, ainda sofria com os chutes da clara nas minhas costelas. não entendia porque ela continuava tão 'alta' ainda.
tomar uma decisão tão importante em tão pouco tempo me deixou nervosa, mas fui me acalmando ao longo do dia... tínhamos algumas horas para colocar o que faltava em ordem. fui na unimed, no centro, no banco, no salão e, finalmente, conclui a arrumação do quartinho da clara. só não sobrou tempo para descansar.
e quem consegue dormir em um momento desses?meu descanso era saber que estava tudo perfeitinho para a chegada dela. e saí de casa tranquila quanto a isso também (as fotos abaixo são do quartinho dela). em menos de dois dias, voltaria para casa, agora com a clara nos braços.
em 14 dias, a minha barriga não tinha descido, como explicou o médico, nenhum centímetro, e a bebê continuava posicionada toda do lado direito, apesar de desde o sétimo mês as ultras indicarem condições favoráveis para o parto normal.
o médico aconselhou não esperar mais. neto e eu concordamos. a prioridade era clara nascer bem, com saúde.
é claro que passou pela minha cabeça que todo aquele papo do médico poderia ser 'desculpa' para me convercer a aceitar a cesárea. mas eu, mais do que ninguém, sentia tudo que ele estava dizendo. a essa altura, ainda sofria com os chutes da clara nas minhas costelas. não entendia porque ela continuava tão 'alta' ainda.
tomar uma decisão tão importante em tão pouco tempo me deixou nervosa, mas fui me acalmando ao longo do dia... tínhamos algumas horas para colocar o que faltava em ordem. fui na unimed, no centro, no banco, no salão e, finalmente, conclui a arrumação do quartinho da clara. só não sobrou tempo para descansar.
e quem consegue dormir em um momento desses?meu descanso era saber que estava tudo perfeitinho para a chegada dela. e saí de casa tranquila quanto a isso também (as fotos abaixo são do quartinho dela). em menos de dois dias, voltaria para casa, agora com a clara nos braços.
sexta-feira, 13 de abril de 2012
dia de despedida
hoje saio oficialmente de licença-maternidade.
apesar da insistência do médico, do marido, da mãe, da irmã e de um bocado de gente, trabalhei até os últimos momentos.
pode ser que eu ainda passe uma semana em casa, já que clara tem até dia 20 para nascer (como já comentei aqui). mas tentei ir até o limite do meu corpo.
estou fechando a 39ª semana e já não é tão fácil assim encarar um expediente de oito horas seguiiidas. o corpo pesa, não há posição que agrade na cadeira e o cansaço é inevitável. além do suspense, já que a bebê pode nascer a qualquer momento...
mas cada segundinho a mais no trabalho vai valer a pena lá na frente.
serão cinco meses afastada.
nem lembro da última vez que passei tanto tempo sem trabalhar. faço isso desde a oitava série.
mas bem sei que trabalho não me vai faltar, em casa. e que vou estar tão encantada com a minha princesa, que já já o difícil mesmo vai ser retornar à atual rotina.
ainda assim, vou sentir saudades.
a gente reclama, se estressa, horas ameaça largar tudo, mas gosta do que faz. eu gosto. faço com compromisso, com vontade.
e gosto também das pessoas com quem convivo. cada uma do seu jeito. há as relações que se restringem ao ambiente de trabalho, as de poucas palavras, as do café-da-manhã diário, as que 'já se foram', as que se transformaram em amizade.
o fato é que o conjunto delas tem feito parte da minha vida há mais de dois anos já.
me viram casar, acompanharam toda a minha gestação, e receberam a minha pequena com muito carinho.
a eles, meu muito obrigada!
apesar da insistência do médico, do marido, da mãe, da irmã e de um bocado de gente, trabalhei até os últimos momentos.
pode ser que eu ainda passe uma semana em casa, já que clara tem até dia 20 para nascer (como já comentei aqui). mas tentei ir até o limite do meu corpo.
estou fechando a 39ª semana e já não é tão fácil assim encarar um expediente de oito horas seguiiidas. o corpo pesa, não há posição que agrade na cadeira e o cansaço é inevitável. além do suspense, já que a bebê pode nascer a qualquer momento...
mas cada segundinho a mais no trabalho vai valer a pena lá na frente.
serão cinco meses afastada.
nem lembro da última vez que passei tanto tempo sem trabalhar. faço isso desde a oitava série.
mas bem sei que trabalho não me vai faltar, em casa. e que vou estar tão encantada com a minha princesa, que já já o difícil mesmo vai ser retornar à atual rotina.
ainda assim, vou sentir saudades.
a gente reclama, se estressa, horas ameaça largar tudo, mas gosta do que faz. eu gosto. faço com compromisso, com vontade.
e gosto também das pessoas com quem convivo. cada uma do seu jeito. há as relações que se restringem ao ambiente de trabalho, as de poucas palavras, as do café-da-manhã diário, as que 'já se foram', as que se transformaram em amizade.
o fato é que o conjunto delas tem feito parte da minha vida há mais de dois anos já.
me viram casar, acompanharam toda a minha gestação, e receberam a minha pequena com muito carinho.
a eles, meu muito obrigada!
quarta-feira, 11 de abril de 2012
tem uma mulher 'pronta' para ser mãe
estamos de despedida.
despedida da gravidez. do barrigão. dessa ansiedade sem tamanho.
enquanto isso, clarinha se despede do aconchego e proteção do útero da mamãe.
mas é uma despedida gostosa. uma despedida necessária para selarmos o início.
o início da vida da clara e, porque não dizer, o reinício da minha.
enquanto clara vem crescendo aqui dentro, muita coisa têm mudado em mim.
a gravidez faz a gente se redescobrir. esses nove meses não são necessários apenas para o desenvolvimento do bebê.
nesse período, há também uma mãe e um pai sendo gerados.
assim como a nossa princesa, neto e eu vamos ter que encarar uma série de etapas para trilhar esse novo caminho. um caminho totalmente desconhecido.
juntos, vamos levar várias quedas até acertar o passo.
mas se eu já chorei de medo, de nervoso, de insegurança, hoje me vejo mais forte. com a certeza de que vai dar certo. de que vai ser lindo.
há sempre pitadas de medo, de nervosismo, de insegurança, mas há um amor que cresce. só cresce. temos tantas coisas a viver juntos. serão tantas despedidas e recomeços. tantas novas fases.
hoje, só quero curtir a felicidade de ter vivido tão bem esses nove meses.
fico feliz de ter dado a você, filha, uma gestação tranquila, rodeada de muito mimo e amor.
que os seus dias aqui fora sejam como as últimas 39 semanas que se passaram: felizes e equilibradas.
ia escrever só 'felizes', clara, mas a vida não é um conto de fadas e se escondesse isso de você, estaria contrariando todos os meus princípios.
você vai dar muitas gargalhadas, filha, mas vai chorar e se zangar também.
teremos tempo para conversar sobre isso.
vem, clara, tem uma mulher aqui fora 'pronta' para ser mãe <3
<<< na foto, a última praia de barrigão, em 8/04/12
despedida da gravidez. do barrigão. dessa ansiedade sem tamanho.
enquanto isso, clarinha se despede do aconchego e proteção do útero da mamãe.
mas é uma despedida gostosa. uma despedida necessária para selarmos o início.
o início da vida da clara e, porque não dizer, o reinício da minha.
enquanto clara vem crescendo aqui dentro, muita coisa têm mudado em mim.
a gravidez faz a gente se redescobrir. esses nove meses não são necessários apenas para o desenvolvimento do bebê.
nesse período, há também uma mãe e um pai sendo gerados.
assim como a nossa princesa, neto e eu vamos ter que encarar uma série de etapas para trilhar esse novo caminho. um caminho totalmente desconhecido.
juntos, vamos levar várias quedas até acertar o passo.
mas se eu já chorei de medo, de nervoso, de insegurança, hoje me vejo mais forte. com a certeza de que vai dar certo. de que vai ser lindo.
há sempre pitadas de medo, de nervosismo, de insegurança, mas há um amor que cresce. só cresce. temos tantas coisas a viver juntos. serão tantas despedidas e recomeços. tantas novas fases.
hoje, só quero curtir a felicidade de ter vivido tão bem esses nove meses.
fico feliz de ter dado a você, filha, uma gestação tranquila, rodeada de muito mimo e amor.
que os seus dias aqui fora sejam como as últimas 39 semanas que se passaram: felizes e equilibradas.
ia escrever só 'felizes', clara, mas a vida não é um conto de fadas e se escondesse isso de você, estaria contrariando todos os meus princípios.
você vai dar muitas gargalhadas, filha, mas vai chorar e se zangar também.
teremos tempo para conversar sobre isso.
vem, clara, tem uma mulher aqui fora 'pronta' para ser mãe <3
<<< na foto, a última praia de barrigão, em 8/04/12
#37semanas com 2,9 quilos e 48 centímetros
contei aqui sobre a consulta do dia 20 de março e não voltei para falar sobre o resultado da última ultra. o exame feito na 37ª semana mostrou minha filhota já grandona e liiiinda! 2,9 quilos e 48 centímetros. o palpite dos médicos é de que ela chegue por volta dos dias 19 e 20 de abril.
ver clara bem sempre acalma. e somado a isso, a conversa com o médico no início deste mês, dia 2, me trouxe coragem de novo. coragem de esperar e trabalhar a possibilidade de ter a bebê por parto normal. não passei muita segurança ao médico, é verdade, mas senti apoio da parte dele, independente da escolha que faça.
já falei aqui da minha vontade pelo parto normal, mas quero ter a liberdade de na hora poder escolher pela cesárea, se assim achar melhor. a princípio, selei o seguinte acordo com neto: se a clara não nascer até o dia 16, data agenda para retornar ao médico, vou marcar a cesárea, provavelmente para o dia 20 de abril.
assim sinto estar dando todas as chances para tudo acontecer como a clara desejar e, principalmente, como deus estiver planejando. não me importo com o cansaço (que é real, sem exagero nenhum) - tanto que vou encarar o trabalho até o dia 13 e as aulas da pós até o dia 14, se der, claro! -, mas me preocupo um pouco com essa demora, se isso pode fazer mal a bebê... por isso, defini o dia 20 como a data máxima.
incrivelmente, passados dez dias, os últimos e mais temidos da gravidez no quesito engorda, a balança acusou 800 gramas a menos na consulta do dia 2. emagrecer não me parece algo saudável nessa situação, mas acho que a explicação pode estar no fato de, dessa vez, ter me pesado só de bata, sem o peso das roupas e acessórios.
no mais, meu nome é ansiedade e arrumação! tem sempre algo a mais para fazer no quarto, novas roupinhas para lavar e passar, carrinho para armar...
ver clara bem sempre acalma. e somado a isso, a conversa com o médico no início deste mês, dia 2, me trouxe coragem de novo. coragem de esperar e trabalhar a possibilidade de ter a bebê por parto normal. não passei muita segurança ao médico, é verdade, mas senti apoio da parte dele, independente da escolha que faça.
já falei aqui da minha vontade pelo parto normal, mas quero ter a liberdade de na hora poder escolher pela cesárea, se assim achar melhor. a princípio, selei o seguinte acordo com neto: se a clara não nascer até o dia 16, data agenda para retornar ao médico, vou marcar a cesárea, provavelmente para o dia 20 de abril.
assim sinto estar dando todas as chances para tudo acontecer como a clara desejar e, principalmente, como deus estiver planejando. não me importo com o cansaço (que é real, sem exagero nenhum) - tanto que vou encarar o trabalho até o dia 13 e as aulas da pós até o dia 14, se der, claro! -, mas me preocupo um pouco com essa demora, se isso pode fazer mal a bebê... por isso, defini o dia 20 como a data máxima.
incrivelmente, passados dez dias, os últimos e mais temidos da gravidez no quesito engorda, a balança acusou 800 gramas a menos na consulta do dia 2. emagrecer não me parece algo saudável nessa situação, mas acho que a explicação pode estar no fato de, dessa vez, ter me pesado só de bata, sem o peso das roupas e acessórios.
no mais, meu nome é ansiedade e arrumação! tem sempre algo a mais para fazer no quarto, novas roupinhas para lavar e passar, carrinho para armar...
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