sábado, 13 de agosto de 2011

o 1º Dia dos Pais a gente não esquece


dizer que não tenho vontade de ser mãe, seria uma grande mentira. mas tenho medo. sempre tive. depois do casamento, ter filhos é um assunto sempre recorrente e desejado. mas o medo não diminui. um medo, eu sei (e todas as já mães devem estar dizendo), que vai ser sufocado por um amor imenso, um amor inexplicável. não tenho dúvidas disso.

há uma semana uma mistura de felicidade e medo tomou conta de mim. não foi a primeira vez que a minha menstruação atrasou. mas agora tinha algo de diferente. por mais que tentasse fingir que nada acontecia, meu corpo me avisava. eu fingia não entender os recados: uma semana sentindo cólicas, os peitos já muito inchados e doloridos. sintomas de uma TPM, mas que nunca tinham se manifestado por tanto tempo. sintomas que podem esconder uma gravidez.

nos primeiros dias de atraso, fiquei imaginando "e se" e pensando nas milhares de alegrias, coisas boas e sorrisos que uma criança pode trazer a mim, a Neto, a nossas famílias. mas os dias foram passando e começou a angústia. uma insegurança, talvez. e o medo, medo até de fazer o teste de farmácia. mas nem precisava ter relutado tanto. eu já sabia. tinha tanta certeza do resultado que não comentei isso com ninguém.

já sei que há uma grande possibilidade de estar esperando o meu primeiro filho, o nosso primeiro filho. mas ainda não contei a Neto. amanhã é Dia dos Pais e, apesar dessa mistura toda de sensações e sentimentos, quero dar esse presente a ele. quero falar com carinho, quero que seja especial. tô me segurando para contar, é verdade, porque sei que quando dividir esse momento com ele tudo será mais fácil, mas vou transformar esse 14 de agosto de 2011 em uma data especial pro mais novo futuro pai do ano. o pai do meu filho.

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