clara hoje está com seis meses e meio. passei meus cinco meses de licença exclusivamente com e para ela. e nem por um segundo esqueci que - logo, logo - teria que retornar ao trabalho. tentamos e pensamos em várias soluções para amenizar o choque dessa separação. e, por fim, pelo menos por enquanto, a saída foi deixá-la na creche durante a manhã e, à tarde, na casa da minha mãe, aos cuidados da vó e da dinda.
poder adiar a estadia dela na creche em tempo integral foi reconfortante. quanto mais carinho, mimo e atenção ela puder receber, ainda mais das pessoas que a amam, melhor. é claro que continuo 'longe' dela os dois turnos, é claro que ainda assim a saudade é enorme, mas fico mais tranquila em não deixá-la o dia inteiro na creche. parece só uma tarde, mas essas horinhas sob os olhos da minha mãe e da minha irmã fazem toda a diferença, para nós duas, mãe e filha, sem contar na melhor parte:
posso dedicar meu horário de almoço todinho à clara. são duas horinhas apenas, mas suficientes para carinhos, olhares, beijos, gritinhos, gargalhadas, brincadeiras e abraços. são esses pequenos gestos, essas simples atitudes que fazem meus dias mais felizes. e fazem valer a pena o corre-corre que é para sair do trabalho/pegá-la na creche/deixá-la na minha mãe/almoçar/voltar para o trabalho.
parece besteira de mãe, parece piegas, parece brega, mas a verdade é que cada minutinho a mais ao lado dela é bom demais, é amor puro, é paz, é leveza, é renascimento, é alegria. e é por isso que hoje estou tão ansiosa, tão nervosa, com o coração apertadinho. desde o dia em que ela entrou na creche, precisamente no dia 11 de setembro, é a primeira vez que a deixo lá em tempo integral.
corri na creche no meu horário de almoço só para dar uma espiadinha, só para ver com os meus olhos que ela estava bem. só de pensar que mais cedo ou mais tarde isso pode virar a nossa rotina, chega a doer o coração. por enquanto, fico aqui...contando os segundos até que o relógio marque 18 horas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário