quarta-feira, 21 de março de 2012

se nascer hoje, clara já não será mais prematura

chegamos à 36ª semana. se nascer hoje, clara já não será mais um bebê prematuro. daqui a duas semanas, então, minha filhota estará prontíssima para chegar ao mundo. para encaixar nos meus braços. para deitar no colo do papai. é óbvio que a essa altura, a ansiedade nos domina. as últimas roupinhas e paninhos estão sendo lavados, as compras finalizadas e o quartinho rosa já avisa que tem uma menininha prestes a dominar a casa!

nessa reta final, todo aquele papo de "você vai ficando mais pesada, mais cansada, mais impaciente, mais e mais e mais" procede! sinto minha bebê tão presente com o mexe-mexe dela cada vez mais intenso, só que ao mesmo tempo já me sinto limitada. sem posição para dormir, para sentar. com a barriga dolorida de tão esticada, com as dores dos empurrões dela. com os pés começando a inchar, ainda que pouco, com uma coçeira incômoda nas mãos e pés.

ainda assim, não me permito parar por um só segundo. na virada da 35ª para a 36ª semana, encarei um curso no fim de semana com maratonas diárias de oito horas/aula. prestes a dar à luz, vou iniciar uma pós-graduação torcendo para conseguir acompanhar, presencialmente, pelo menos umas quatro aulas. o barrigão também ainda não me afastou do volante. até porque sempre tem mais alguma coisa para comprar, resolver...  

apesar de estar trabalhando, e pretendendo encarar essa rotina até o último minuto, minha cabeça já não consegue mais concentrar 100% nas atividades da empresa. metade de mim fica presente - correndo atrás de deixar tudo em ordem para os próximos cinco meses que estarei ausente - e a outra literalmente viajando em dúvidas, medos e expectativas. depois da consulta médica de ontem, o foco agora é um só: marco a cesárea ou tento o parto normal?

a consulta com meu obstreta ontem foi a última mensal. volto lá em dez dias, com uma ultra mais recente para que a gente possa avaliar mais precisamente como a bebê está (peso, posição etc) e já definir algo sobre o parto. ao ler a última ultra feita - em 17 de fevereiro -, o médico disse que ela tava com tamanho e peso ótimos, superiores à média até. lindo, né? sobre o parto, pela primeira vez, fiquei em cima do muro (já cheguei lá meio na dúvida, na verdade), e disse que na próxima consulta falaria algo. 

desde o início eu digo ao médico que vou tentar o parto normal. ele nunca me incentivou, mas também não se posiciona contra. só diz assim: "o ruim do parto normal é a espera. geralmente, as mulheres desistem nas últimas semanas". como a hora tá chegando, ele ontem perguntou 'sério'. e mais uma vez ressaltou a questão da espera, que a bebê poderia chegar na primeira quinzena de abril, mas também demorar até o fim do mês para querer nascer. "você vai ter paciência?".

confesso que ao sair de lá, tava meio desanimada. apesar de querer o parto normal, as noites mal dormidas têm me deixado bem cansada e acabam me chateando um pouco, o que aumenta a minha vontade para que a bebê nasça logo. mas é assim: não vou me sentir menos mulher, menos mãe por ter uma cesárea, não vejo dessa forma, mas queria pelo menos tentar. nem que na hora eu desista de tamanha dor, quero poder dizer que tentei, quero saber que dores são essas. quero ter essa experiência para contar. isso me motiva a ter paciência, a ter forças para esperar pelo tempo da minha filha.

de qualquer forma, só vou decidir algo após fazer a próxima ultrassom. quero ver o peso dela. se ela for nascer grandona, acho que vou perder a coragem de vez. e pelas minhas contas, no dia 1º de abril clara já vai estar pesando mais de 3 quilos. além disso, quero ter a confirmação de que minha bebê está bem, encaixadinha, ninguém melhor do que ela para me dar os sinais certos sobre qual decisão devo tomar.

quinta-feira, 8 de março de 2012

feliz dia da mulher, filha!

e em nome dessa pequena nova mulher,
estendo minha homenagem a todas as mulheres!



mto orgulho de saber que minha princesa vai nascer rodeada por grandes mulheres.
que você seja guerreira como a vovó cecilia,
paciente como a vovó neusa,
dedicada como a dinda michelle,
inteligente como a tia érika,
simpática como a tia mary,
batalhadora como a tia silvana,
...
...
...
estamos te esperando, filha, para reforçar esse time de campeãs!

domingo, 4 de março de 2012

oficina de gestantes: eu fui!

filho faz a gente rever toooodos os nossos conceitos. nos últimos dois sábados, depois de muito resistir, participei de uma oficina para gestantes. acho (ou achava?!) isso tudo meio besta. ficava presa ao pensamento de que mãe aprende a ser mãe no dia a dia, é instintivo. o que não deixa de ser verdade. no fundo, é como qualquer outra profissão. eu, por exemplo, aprendi a ser jornalista na rua, em pauta, naquela loucura da redação. e vou aperfeiçoando isso diariamente, agora em outros ambientes. só que a base da faculdade foi o que me deu segurança para encarar esse desafio. depois que engravidei, senti essa necessidade: precisava de uma 'base' para ser mãe.

as aulas dessa faculdade vão começar, de fato, a partir do nascimento da clara. mas o medo de não saber o que fazer, como cuidar... faz a gente ter a humildade de correr atrás de informação. não há um dia sequer que eu não leia algo sobre gravidez, parto e cuidados com recém-nascido. conversar com mães também é uma experiência valiosa. mas aqui vale uma seleção. mães neuróticas, que se acham as donas da verdade e/ou aquelas que dizem amar a maternidade, mas estão sempre falando do assunto como se cuidar de um filho fosse o maior castigo do mundo, não fazem bem a ninguém. então, se puder (porque nem sempre temos como fugir), EVITE.

não que seja mentira...mas há umas frases prontas que ao longo dos nove meses vão cansando a gente. "aproveite para dormir, porque depois que o bebê nascer, você nunca mais terá uma noite tranquila de sono". geeeeeeeeeente, quando escuto isso hoje tenho vontade de mandar a pessoa para a pqp, juro! e as ameaças de que você NUNCA MAIS vai 'recuperar' seu corpo. parece que tem mulher que fica jogando praga. dá medo! em compensação, há seres maravilhosos, que dão dicas super valiosas, lhe tranquilizam, lhe ensinam, que respeitam o SEU momento.

de agosto do ano passado - quando me descobri grávida - para cá, posso dizer que já mudei muito, e aprendi muito também. há transformações naturais: a medida que o bebê vai crescendo, vou me sentindo mais forte. tenho muitos medos ainda. enquanto uns medos passam, outros vão surgindo. é um processo de amadurecimento mesmo. e há o que a gente aprende pesquisando... até em uma pesquisa de enxoval. se você não tiver calma e sair comprando tudo assim que der 'positivo', vai comprar o que não deve e jogar dinheiro no lixo. tenha a consciência de que você não domina do assunto, pesquise na internet, leia livros, converse com mães.

as oficinas de gestantes - muitos planos de saúde oferecem - são outra dica valiosa. a que fiz foi pela Unimed Fortaleza. teve uma ou outra palestra que poderia ter sido dispensada (ou melhor ministrada), mas gostei muito de ter ido. parece tão besta, mas ter uma profissional da saúde ali, na sua frente, mostrando como dar banho no bebê, limpar o umbigo, fazer a higienização das partes íntimas, me deixou bem mais calma. quando chegar a hora de fazer, com certeza surgirão várias dúvidas, mas agora sei pelo menos por onde começar. e as dicas sobre amamentação? quero muito, muito, muito mesmo dar de mamar à clara. esse é um grande desafio para qualquer mãe. então, se você também tem esse desejo, não deixe para descobrir tudo na hora. tinha ouvido tantos relatos desestimulantes, que estava precisando ouvir a palavra de uma profissional.

ninguém disse que seria fácil. nem nunca pensei que fosse. mas eu sei que posso. e vou dar o meu melhor à minha filha.